terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Neste blog nota-se que sou um pouco bipolar. Horas posto coisas com a autoestima lá em cima e em outras só falta escorrer lágrimas do monitor (que são a maioria). Mas o fato é: não estou feliz e nunca fui. Plenamente, digo. Alguns dizem que é impossível ter uma felicidade plena, sem nenhum empecilho mínimo que seja, mas eu acredito que é possível.
Ok, meu caso é o mínimo de infelicidade que tem. Existem pessoas com a vida bem mais difícil que a minha, na minha família mesmo, por exemplo. Uma prima esses dias foi espancada pelo namorado que dividia o mesmo teto há meros 15 dias. Ela deve estar bem mais infeliz que eu. Mas pelo menos ela teve fases mais felizes que eu tive. Pelo menos ela se iludiu com um cara que -além de ser lindo- mostrava gostar bastante dela e até compraram um apartamento juntos.
Mas e eu? Sempre vivi no mesmo teto que meus pais, sempre consumindo o dinheiro deles. Sempre fui apaixonado por uma pessoa que não me deu a chance de mostrar o quanto eu amo (mas eu ainda tenho esperanças). Sou muito esperançoso. O que meus amigos admiram muito em mim: ter esperança, ser paciente e sonhador.
Minha mãe me disse que eu tenho que parar de ficar me comparando com os outros. "Ele viaja todo ano pros EUA, e eu aqui.", "Fulano arrumou um emprego na área dele, e eu aqui.", "Ela ficou um ano em Londres, e eu aqui". Mas porra, com 21 anos, sem emprego e sem algum sonho alcançável na vida eu não posso fazer nada além disso.
Eu planejo muita coisa. Quando saio com meu amigo, tomo um café, uma cerveja e fumo uns cigarros, o que mais fazemos é planejar. Viagens, lugares novos, bairros onde vamos morar, com qual dos gordinhos barbudos irei estar, onde iremos gastar nosso (tão sonhado) dinheirinho... Tudo. Mas pra isso precisa-se de dinheiro. E para fazer dinheiro precisa-se trabalhar. E para trabalhar preciso de uma oportunidade. E aí volta tudo pro começo. É um ciclo. Quando vai acabar? Não sei. Espero que seja logo.


Take a flick before the worlds up on this shit