Há exatos três anos houve um acontecimento que mudou minha vida completamente. Costumo dizer que o que era antes era só um ensaio, depois disso tornou-se a peça de fato. Tal acontecimento me deu vontade de criar um blog para que eu pudesse compartilhar meus sentimentos com alguém, mesmo não divulgando, mesmo escrevendo tudo às escuras, para que ninguém me julgasse diretamente. Somente os que leem (poucos, bem poucos), os que entendem, sabe o que eu passei (e estou passando).
Nos últimos dois anos eu só lembrava como a data cinco de novembro de dois mil e nove tinha mexido comigo, hoje pela primeira vez resolvi pensar no que eu vivi de três anos pra cá. Foram muitas coisas. Gozado que só depois desta data eu comecei a sentir a vida de fato. Estranho, né?
Tudo que eu vivi foi válido para o cara que eu sou hoje. Aprendi muito, e ignorei muitas coisas também. Tudo que eu queria era ter o meu primeiro post de volta, lembro que foi muito intenso, por isso foi deletado. O que eu sinto hoje ainda é intenso, mas aí penso que as coisas não são do mesmo jeito que eram há três anos, e nem quero que seja. Mas meu desejo era que tudo aquilo evoluísse e hoje seria o cara mais feliz do mundo. Por um lado foi bom: me deu a oportunidade de ver que meus sonhos podem se modificar e minha ideia de vida perfeita também. Me deu aquela oportunidade de namorar uma pessoa que não me respeitava e aprender com isso. Me deu a oportunidade de conhecer aquele noivo que mora na Europa, que me fez muitíssimo feliz, mas hoje não mais. Me deu a oportunidade de ver que sexo não substitui carência afetiva.
O que sobrou de lá pra cá? Uma pessoa que me confunde com um mexicano; uma que prefere não ter nada comigo porque sou uma pessoa boa; uma que me liga toda e qualquer hora inoportuna; uma outra, que é de longe, que fala que vai casar e está muitíssimo feliz com seu noivo 10 anos mais jovem; uma que está muitíssimo feliz também com seu namorado americano que fala português... Eu continuo na mesma.
Mas não o mesmo.